A psicologia das buchas e dos barris
Há
três tipos de homem na face da terra, mas esse texto tratará apenas de dois: os
do tipo “buchas” e os “barris”, e nos basearemos no depoimento de uma vítima
sobrevivente da explosão de um barril com o qual se relacionara, após livrar-se
de uma bucha. Os homens do tipo “bucha” nunca tomam a iniciativa e raramente
dirigem-se diretamente às criaturas desejadas, limitando-se apenas a trocar
tímidos olhares com estas. Em geral só agem sobre pressão, o que explica a
existência da expressão “em cima da bucha”.
“Bucha”,
de um modo geral, não tem lá uma serventia expressiva. Segundo os dicionários,
podem ser: 1. pedaço de pano ou papel usado para apertar a carga de antigas
armas de fogo (o que reforça uma antiga teoria de que as buchas ajudam os
barris e que eles cooperam entre si e se ajudam mutuamente); 2. bocado de
comida que se leva à boca (ou seja, serve até para matar a fome, mas depois
vira merda); 3. qualquer peça usada para tapar fendas ou buracos (estes últimos
provavelmente feitos por barris); 4. peça de plástico usada em parede para
conter parafuso (as buchas sempre são usadas, nunca usam); e 5. peça do balão à
qual se ateia fogo. Enfim, as utilidades das buchas são tão insignificantes
quanto suas existências.
Os
homens do tipo bucha seguem à risca a filosofia de vida das lesmas: “devagar e
sempre”. Até porque, os vence o medo de alcançar o que desejam. Já os barris se
lançam imediatamente, como mísseis teleguiados, assim que localizam um alvo.
São em geral bonitos, egocêntricos, tarados (mas podem ser tudo isso junto e
muito mais!). Estão sempre acesos e prestes a explodirem na pacata e pouco
emocionante vida dos alvos. Esses tipos são nitroglicerina pura e causam
estragos devastadores na vida dos pobres alvos civis inocentes.
Nessa
“guerra fria”, onde um atua como uma espécie de “terrorista disfarçado” e o
outro não faz nada (as buchas são de todo inúteis) os alvos, que são femininos,
inocentes e belos, ficam perdidos; sem saber para onde correr ou de quem
correr. Nem mesmo o abrigo seguro que é a casa
dos pais é um esconderijo confiável para os alvos se abrigarem, pois os
barris às vezes se disfarçam de “buchas intrépidas” e vão dentro dos lares
buscar, atiçar e seduzir os pobres alvos.
Às
vezes acontece de os barris receberem alcunhas tais como: canalhas, cafajestes,
pilantras e outros termos semelhantes, mas nenhum deles é capaz de traduzir
realmente o nível bombástico, explosivo e catastrófico em que se encontram.
Nível em que TNT´s não passam de meros palitos de fósforos. Esqueçam Sodoma e
Gomorra. O poder de destruição de um “homem barril” é maior do que qualquer
arma nuclear que Einstein tenha idealizado.
As
buchas possuem um gosto fortíssimo de NADA e os barris têm um gostinho todo
especial de pólvora seca, daquelas que são altamente inflamáveis. E o que leva
as mulheres a experimentarem os barris é justamente a insipidez das buchas.
Certo estudo revelou que os barris são amantes excelentes –– algumas espécies
raríssimas de buchas também são (algo entre um em um milhão) –– e possuem um
dom, ainda inominado, que está classificado entre o cinismo e a persuasão, o
que faz com que as mulheres tenham dificuldades para deportarem seus barris. Se
bem que “seus” aí é força de expressão porque na verdade ninguém possui um
barril. Ele é que possui a vítima,
explode e cai fora.
A
questão da inteligência pouco tem a ver com o perfil do homem. No entanto, tem
se verificado um nível intelectual mais elevado entre as buchas, isso é
claramente percebido em seus perfis, ao contrário dos barris, sempre explosivos
e avessos ao diálogo. Ou partem para a briga, ou partem para a cama. Em
qualquer caso, tudo acaba em desastre.
Desde
tempos mais remotos, comenta-se um mito de que existe uma espécie raríssima de
homem: o “bucha-barril”, ou “bb”, que seria uma mistura dos dois tipos conhecidos.
Porém, na verdade o que acontece é que os barris se disfarçam de buchas para
alcançar mais facilmente os alvos (algo como um lobo na pele de cordeiro).
Assim, o barril disfarçado de bucha instala-se e explode quando a vítima menos
espera. Esse disfarce é bem pertinente se levarmos em conta uma das cinco
definições de bucha: “peça à qual se ateia fogo”. Esse tipo seria um barril com
pavio, portanto, um barril que tarda a explodir, mas fatalmente explode;
afinal, é barril.
Há
mulheres que dão às buchas outras definições e seguem à risca o uso deste tipo
de homem: “qualquer pedaço de pano ou papel para se tapar buracos”. Ou seja: o
barril arromba e a bucha tapa. O problema vem se a bucha virar barril. É raro,
mas acontece.
Os
barris fogem a todo custo de serem apreendidos e os que são podem não explodir,
a depender do tipo de mulher que o conseguir confiscar. Assim, eles ficam
envelhecidos, perdendo ao longo dos anos sua pólvora pelas rachaduras, fendas e
orifícios, até que não representem mais perigo aos alvos que, agora se tornaram
algozes e eles, vítimas. Portanto, há casos pouco comuns em que barris não
explodem. Porém, eles nunca viram bucha. Não dá! Para tornarem-se buchas os
barris teriam que se submeterem a tratamentos radicais –– tipo eletrochoques.
Uma vez barril, sempre barril!
Há
casos muito corriqueiros em que o barril passa rapidamente pela vida do alvo,
mas explode duas vezes. Como isso é possível? Ele explode e deixa para trás um
barrilzinho que, em geral, explode em aproximadamente nove meses. Esse tipo de
barril deixa seqüelas para toda a vida. Sim, porque depois que explode o
barrilzinho exige da vítima tudo o que necessita para o seu desenvolvimento
pós-explosão: leite, fraldas, remédios, escola etc. E aí se verifica algo
interessante: a “Síndrome de Estocolmo” porque a vítima se apega a ele de forma
incrivelmente intensa, mesmo estando em estado lastimável após a explosão. O
parto por si só já transforma o alvo em destroços, mas se este já tiver sido
vítima de um barril então...
Está
provado então, que dos dois tipos de homem que existe (buchas e barris) o
primeiro tem efeito nulo, ou efeito nenhum, e o segundo tem efeito
explosivamente devastador; imediato ou retardado; até mesmo duplo, no caso em
que o barril “dá frutos”.
As mulheres
que se cuidem! Pois continuam sendo alvo dos barris e dos desvios das buchas, já
que o terceiro tipo existe em um percentual muito pequeno. Assim, elas ficam
sem opções dignas a escolher e correndo o sério risco de ficarem para titias, o que vem a explicar o grandessíssimo número
de tias existentes no mundo.
Que bom que gostou!
ResponderExcluirObrigada pelo carinho!