O Irlandês, filme original da Netflix, dirigido por ninguém menos que Martin Scorsese e com elenco de peso (Robert De Niro, Al Pacino, dentre outros) têm gerado polêmicas por vários motivos.
Um dos motivos é o tamanho do filme. Para muitos, o filme é longo e cansativo, para outros, o filme tem o tamanho necessário para contar aquela história.
Outro motivo, e que muitos consideram um problema, é o fato de o filme ter semelhanças com O poderoso Chefão. Como um filme sobre chefões da máfia italiana atuando nos Estados Unidos dos anos 60, 70 poderia não ter semelhança com O Poderoso Chefão?
Acho que esses dois são os principais "problemas" apontados por muitos que não gostaram do filme, então, vamos a eles.
O filme, baseado no livro I Heard You Paint Houses (Eu ouvi dizer que você pinta casas), de Charles Brandt, é baseado na história real de Frank Sheeran, um veterano de guerra que trabalha como motorista de caminhão e passa a trabalhar para a máfia como assassino de aluguel e guarda-costas.
O filme é cheio de flashbacks e começa com o próprio Frank Sheeran, interpretado por Robert De Niro, contando a história desde o seu primeiro contato com aquele que iria lhe contratar, até o final da história de todos os personagens.
De Niro está excelente no papel de um assassino triste, que parece preso em uma teia em que ele quis muito estar, mas que parece não saber lidar com a sua consciência, passando por cima do tudo numa velocidade que não lhe confere tempo para pensar nas questões morais que permeiam a vida de um assassino e pai de família.
Ainda que longo, o filme merece ser visto e acredito ser merecedor da indicação ao Oscar, no entanto, aconselho assisti-lo com calma e sem pressa para entender as histórias e perceber as nuances e sutilezas das relações entre os personagens.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
É muito bom saber sua opnião, então, comente! Em breve publicarei seu comentário!