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Sobre o livro Memorial do Inferno

O livro Memorial do inferno – a saga da família Almeida no jardim do Éden, de Valdeck Almeida de Jesus foi um livro que me chamou a atenção pelo fato de ter sido escrito por um baiano que já tinha participado de muitas antologias internacionais e, na época, não ter muita repercussão entre nós, baianos.
Trata-se de uma autobiografia contada sem ordem cronológica, sendo narrados episódios distintos da vida do autor, fazendo jus ao título memorial. O autor narra os fatos mais marcantes de sua vida desde o nascimento até o ano de concepção do livro.
Baiano de Jequié, Valdeck venceu na vida à custa de muito sacrifício, perseverança e força de vontade. Adolescente, já escrevia poemas, mas somente aos quarenta anos lançou seu primeiro livro de poesias: Feitiço contra o feiticeiro, depois de ter participação em diversos livros (antologias) publicados no Brasil e nos Estados Unidos.
O livro conta, sem pieguices, a história da sua família e de tantas outras pessoas que, como eles, precisaram pedir esmolas para se alimentarem, ou buscarem no lixo restos de alimentos, às vezes estragados, para saciar a fome que os consumia. História triste, mas cheia de fatos engraçados e curiosos de pessoas que retratam a alma do povo brasileiro, um povo que consegue rir mesmo em meio ao sofrimento.
Uma das coisas que mais me chamou a atenção durante a leitura deste livro foi a questão das crenças populares do interior da Bahia. Umas desprovidas de qualquer lógica ou sentido, outras mais relevantes. Isso me levou a fazer um trabalho universitário que me rendeu boas notas na universidade.
Depois disso conheci Valdeck pessoalmente e pude perceber que pessoa fantástica ele é. Hoje, este livro já foi relançado e está com uma nova roupagem. Valdeck está, já há três anos, à frente de uma Antologia que ele mesmo organiza e que está ganhando grandes proporções à medida que o tempo passa.

Um comentário:

  1. Querida amiga e escritora Aline,

    Você consegui sintetizar o assunto do livro "Memorial do Inferno", da antologia que organizo e da pessoa humana que sou (ou acho que sou)...

    Muito obrigado pelo belo texto.

    Abração.

    Valdeck

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