Busque neste blog

Sobre a série Pose

      Pose é aquela série que não parece com nada do que você já viu, mas é uma mistura de um monte de coisa que nos soa familiar. Faz sentido? Então, imagine uma série que tem pitadas de dramas familiares, um pouco de comédia e um toque de RuPaul. Tudo isso com muito brilho e glamour, é claro. Mas antes de tudo, POSE é sobre aceitação, amor, solidariedade e empoderamento de menorias.

 


    É mais uma daquelas séries que quando você assiste se pergunta por que demorou tanto para começar a assistir. A trama de Pose não vai te fazer desgrudar da TV. Você sempre vai querer saber o que vai acontecer com cada personagem. Incrível como nos importamos com todos. Até os que nos causam raiva.

     A história se  passa na Nova York do final dos anos 80 (primeira temporada) e início dos anos 90 (segunda temporada) e tem como protagonistas um grupo seleto de pessoas LGBT´s, negras em sua maioria. A série joga luz sobre como era a vida dessas pessoas naquele lugar numa época em que a AIDS era conhecida como a doença dos gays. Na trama somos levados a experimentar a vida real delas, sem estereótipos ou estigmas, uma vez que vemos tudo do ponto de vista delas e não de alguém que está de fora julgando sem as conhecer.


    Como pessoa negra, como mulher, ou como LGBTQIA+ não tem como não chorar, sentir, sofrer e se regozijar junto com eles, mas não precisa ser nenhuma dessas pessoas para se emocionar com a série. A direção é magnífica e as interpretações, fantásticas. 


     Na segunda temporada, algumas coisa mudaram. Umas eu gostei, outras não. O que gostei foram as frases inseridas nos finais dos episódios, ditas por pessoas que assumiam as causas das menorias na época. Acho que faltou isso na primeira temporada. A série é real demais para deixar de fora fatos históricos importantes, como, por exemplo, o fato de Madonna ter abraçado a causa na época.

    O que não gostei foram as tomadas extensas de canções. na primeira temporada não teve nenhum personagem cantando, ainda que eles tenham talento para isso. A música em si não é ruim e mostrar que essas pessoas talentosas também cantam é  válido, mas as músicas tomaram muito espaço dos episódios e os deixaram cansativos. Acho que essas tomadas deveriam ser menores e menos recorrentes.

    De resto está tudo ok e continuo a torcer pelos personagens tão cativantes e motivadores. Mostra como é sofrida a vida dessas pessoas numa sociedade machista, hipócrita e tóxica. O triste é perceber que em 2021 essas ainda são as pessoas que precisam resistir para existir o tempo todo. Ainda estão à margem da sociedade, recebendo o desdém de quem não precisa se preocupar com os dedos que a sociedade lhes aponta todos os dias.


Recomendadíssima!

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

É muito bom saber sua opnião, então, comente! Em breve publicarei seu comentário!